Cruz da menina

“Perto da cidade de Patos
Existe uma romaria
Chamada Cruz da Menina
Que vem gente todo dia
Conhecer, pagar promessa
De fira e da freguesia.

É a maior romaria
Do sertão paraibano
Entre curas e milagres
Dão mais de mil todo ano
Gente até de outra crença
Sem ser catolico romano”

A história da menina Francisca canonizada pelo povo desde o início da década de 20 na Paraíba, teve início muito cedo após a sua morte, depois anos de torturas, pelos padrastos, que a receberam para que criasse de um casal de retirantes.

“No ano de vinte e quatro
A primeira revelação
Começou com um senhor
Doente do coração
Em sonho viu a menina
E a cruz no alto sertão

Sonhou com uma menina
Que morreu martirizada
Perto da cidade de Patos
Foi num serrote encontrada
Em frente ao serrote a cruz
Olhando para a estrada”

Recuperado do mal que o condenara a morte, o velho sertanejo pagou promessa feita a menina indo visitar a cruz. A partir daí a devoção se espalhou e a pequena cruz ganhou capela, igreja, parque e toda uma estrutura de grande santuário.

“Nunca parou de chegar
Gente ali diariamente
Promessa de todo jeito
De quem estava doente
Recorre a Santa Francisca
Fica bom ligeiramente.

O quartinho dos milagres
É todo cheio de curas
Mostrando grandes doenças
De diversas criaturas
Dos aleijões que sofriam
Vão deixar lá as molduras”

Nasceu e cresceu numa típica família brasileira. Potiguar, morando na Bahia há vinte anos, é médica de formação e pesquisadora da cultura popular. Nos últimos 10 anos abandonou a sua especialidade em cardiologia e ultrassonografia vascular para atuar como médica da família na Bahia e no Rio Grande do Norte, onde passou a recolher histórias e saberes. Nessa jornada publicou cinco livros.”. No final de 2015 passou temporada no Amazonas recolhendo saberes indígenas.

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