O jovem rezador pernambucano – Parte 1

Adolescente de São Bento do Una faz parte da nova geração de rezadores sertanejos

Muitas vezes temos nos lamentado pelo desaparecimento das nossas tradições populares, mas no que toca as práticas religiosas, temos nos surpreendido e alegrado ao ver atividades passadas de geração a geração de forma tão viva.

Assim, conhecer o jovem Alberto que, aos 17 anos, empenha-se em servir a sua comunidade na Vila do Espírito Santo, em São Bento do Una, no sertão pernambucano foi alegria boa demais. Pois é que esse “menino”, devoto de Nossa Senhora e do Padre Cícero, ex-coroinha em sua paróquia, dedica-se não só a quem chega à sua porta precisando de cura ou proteção, mas é ele quem organiza novenas e procissões, puxa terços, acompanha as sentinelas com benditos e incelenças.

O jovem se sente vocacionado desde a infância, quando “brincava” de rezar a irmãzinha e amigos. E nesse hábito de benzer, de bem dizer as pessoas, é que ele se empenha no exercício gratuito do que julga ser a sua tarefa no mundo, reproduzindo o que de mais ancestral existe em nossa religiosidade.

Dividimos o rico material produzido por Alberto em dois programas: hoje falaremos sobre a sua vocação e a sua iniciação como rezador e, num segundo momento, traremos mais das suas rezas, benditos e incelenças. Veja o vídeo abaixo:

Nasceu e cresceu numa típica família brasileira. Potiguar, morando na Bahia há vinte anos, é médica de formação e pesquisadora da cultura popular. Nos últimos 10 anos abandonou a sua especialidade em cardiologia e ultrassonografia vascular para atuar como médica da família na Bahia e no Rio Grande do Norte, onde passou a recolher histórias e saberes. Nessa jornada publicou cinco livros.”. No final de 2015 passou temporada no Amazonas recolhendo saberes indígenas.

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