Não é pouco complexa a iniciação do juremeiro.
De costumes mais antigos como o TOMBAMENTO em que o iniciado tombava sob a força de beberagens entre as quais uma feita com a própria jurema, o iniciante chegava a um estágio limiar entre a vida e a morte.
Assim “desacostada” do corpo, a alma passeava num percurso por cidades e reinados espirituais em busca de um guia com quem retornasse à matéria.
O futuro juremeiro Batista no dia da sua iniciação, nos conta da sua experiência.
Houve um tempo em que tudo se dava num ambiente semelhante aqueles onde as rezadeiras e carpideiras tão nossas conhecidas oravam e cantavam por dois, até três dias, ajudando na passagem de um moribundo ou clamando pelo seu retorno. De tais viagens no tombamento muitos nunca voltaram para os seus mestres!…
Saudável e inteligentemente, a religião migrou para novas formas iniciáticas, entre as quais a que apresentamos hoje.
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Nasceu e cresceu numa típica família brasileira. Potiguar, morando na Bahia há vinte anos, é médica de formação e pesquisadora da cultura popular. Nos últimos 10 anos abandonou a sua especialidade em cardiologia e ultrassonografia vascular para atuar como médica da família na Bahia e no Rio Grande do Norte, onde passou a recolher histórias e saberes. Nessa jornada publicou cinco livros.”. No final de 2015 passou temporada no Amazonas recolhendo saberes indígenas.