O fotógrafo paraibano Severino Silva, 60 anos, desenvolve trabalho no semiárido, fazendo experiências com luzes e sombras. Em suas andanças, retrata a religiosidade e a cultura nordestina.
Depois de passar por cidades de Sergipe, Bahia e Pernambuco, Severino foi a Juazeiro do Norte (CE), no início de maio, mês em que são realizadas procissões diárias.
Lá, encontrou dona Maria das Dores, que disse ter ajudado a carregar pedras para construção da igreja de São Francisco quando era muito jovem.
Graças à intercessão do santo, conta, superou um problema de saúde e passou a frequentar de bata marrom as missas das seis horas da manhã, todos os dias, no templo que ajudou a construir. À noite, vai de branco nas cerimônias na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores.
Uma tradição chamou à atenção: parentes e amigos levam os caixões dos mortos à estátua de Padre Cícero. Eles param, rezam pela alma do falecido e pedem ao Padim Cícero para que interceda pela alma do falecido. E seguem para o cemitério.
Neste contexto, Severino Silva produziu o ensaio que está publicado na seção Galeria, na primeira página de Meus Sertões. Apreciem este trabalho!
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Paraibano, foi morar no Rio de Janeiro ainda criança. Severino Silva aprendeu a fotografar no jornal O Globo, onde foi contínuo. Passou por cinco redações e é considerado um dos três melhores fotógrafos do Brasil na cobertura de conflitos urbanos. Ganhou vários prêmio nacionais de fotografia.