Nos últimos períodos do curso de história, Ana Luzia Santos era incentivada a escolher um tema para a monografia que mostrasse algo relacionado com o interior do estado. Ela era aluna do Programa de Educação Superior a Distância do campus Propriá, um dos 13 polos criados pela Universidade Federal de Sergipe com o objetivo de expandir e interiorizar o acesso ao ensino superior.
Nascida em Malhada dos Bois, moradora do povoado de Cruz da Donzela, a 23 quilômetros do núcleo universitário, ela se sentia incomodada, há tempos, com visão preconceituosa que havia contra os habitantes da localidade. Ana Luzia ouvia, constantemente, chacotas no ponto de ônibus por causa da grande quantidade de prostíbulos que funcionavam no lugarejo desde a abertura da BR 101, no final dos anos 1960.
Como forma de mitigar a discriminação que as mulheres de Cruz da Donzela sofriam, ela decidiu se aprofundar na temática da prostituição, contando a origem do povoado, de que forma ele se transformou em um centro de atração de caminhoneiros e reduto de prostíbulos conhecidos em outros estados e países, além de revelar a rotina e como era a vida de jovens exploradas por cafetinas e cafetões, enquanto a polícia e autoridades faziam vista grossa.
Hoje, os dois volumes – um deles é de entrevistas transcritas – de “Grandezas e Misérias da Prostituição Feminina no Povoado Cruz da Donzela”, citados em bibliografias de outros trabalhos acadêmicos e blogs, são difíceis de serem consultados. Só há um exemplar de cada um no setor de estudos sergipanos na Biblioteca Central da Universidade Federal de Sergipe (UFS), onde não é possível xerocopiar. A própria autora não lembra mais onde guardou seu exemplar.
No entanto, vinte e um anos após conclusão da monografia, a historiadora e advogada Ana Luzia Santos, não se furtou a conceder entrevista exclusiva, nos contando detalhes que não constam da monografia, como a prática entre cafetões e cafetinas de trocarem mulheres entre si e as dívidas que elas tinham com eles para que a rotatividade desse a impressão que sempre havia “novidades” nos bordéis.
Como surgiram os prostíbulos em Cruz da Donzela?
Eles surgiram na época da construção da BR-101. Caminhoneiros paravam ali e os comerciantes viram a possibilidade de oferecer almoço, jantar, café da manhã e mulheres como “atrativo extra”, o que dava dinheiro. Depois que a rodovia ficou pronta, os bordéis se multiplicaram e atraíam muitas pessoas. Só muitos anos depois o movimento diminuiu.
Quando você começou a fazer a monografia que informações você tinha sobre a localidade?
As pessoas diziam que ali era uma área bem perigosa. Pelo que consta tinha muitas brigas entre as prostitutas e entre elas e os clientes. Sempre dava confusão. Haviam relatos de que quando os prostíbulos começaram a se instalar havia uma quantidade relevante de prostitutas adolescentes e não tinha nenhum tipo de fiscalização em torno disso. Não havia Conselho Tutelar, nem leis específicas como o Estatuto da Criança e do Adolescentes, criados apenas em 1990. Também não existia preocupação com a violência contra mulheres e a visão que se tinha das prostitutas era a pior possível.
Você chegou a entrar em algum bordel durante a elaboração da monografia?
Sim, entrei em alguns e constatei que as condições eram muito precárias. Eu participava das campanhas de conscientização da importância de prevenir doenças sexuais transmissíveis, incluindo a Aids. Eu atuava como voluntária da equipe do médico José Almir Santana, da secretaria estadual de saúde. Era a forma que tinha de entrar lá porque havia uma desconfiança muito grande. Quando ia distribuir preservativos e panfletos, notava a precariedade dos minúsculos quartos utilizados pelas mulheres e seus clientes. As donas e donos dos bordéis lucravam e exploravam muito as profissionais do sexo. A exploração da prostituição é crime, mas ninguém se importava com isso. A polícia fazia vista grossa para tudo isso.
Tinham policiais que eram donos ou sócios dos bordéis?
Oficialmente não. Se existia ficava tudo por baixo do pano. Tinha muita coisa que a gente não conseguia acessar. Muita informação que as mulheres e as donas dois bordéis não falavam. Eles faziam vistas grossas, mas daí a tirarem proveito disso… É possível que, se não policiais, algumas autoridades tirassem proveito disso para chegarem ao ponto de não dar importância a algumas situações. Também é preciso lembrar que a mentalidade era bem diferente, carregada de preconceito, e as mulheres eram vistas como objetos.
Como as mulheres se vestiam?
Tinha as mais arrumadinhas, outras eram muito maltratadas. Cheguei a cometer a gafe de passar por algumas e não distribuir preservativos, pensando que ela era dona ou funcionária do estabelecimento, mas não se prostituía. Aí elas falavam que eu tinha esquecido delas. Eu pedia desculpa e entregava o preservativo. Isso entre 2000 e 2001. Quando eu estava indo para lá diziam que algumas mulheres permaneciam no prostíbulo até ficarem bem mais velhas, mesmo sem se cuidarem tanto. Hoje você tem um culto ao corpo muito forte. Até porque viver da prostituição hoje requer muito mais cuidados com a aparência e com a saúde do que naquela época.
Como surgiu o nome Cruz da Donzela?
Surgiu com uma espécie de lenda porque não encontrei nenhuma comprovação efetiva. Os mais velhos diziam que uma donzela foi assassinada por resistir ao assédio de um pretendente. Por conta disso, ela era adorada. Teriam colocado uma cruz no local onde ela teria sido sepultada para homenageá-la e para fazer orações.
Ela era uma espécie de entidade?
Ela era tratada como se fosse uma lenda porque não havia mais informações. Ninguém sabia o nome completo, nem quem eram os pais dela, por exemplo. Não tinha uma coisa mais palpável. Existia uma crença pior parte dos mais idosos. Hoje não é como antes. No passado distante, acreditavam realmente nessa história a ponto de fazerem promessas para a santa donzela.
Mas seria uma moradora do local?
Sim, citavam apenas o que seria o primeiro nome dela: Guilhermina. Contavam ainda que a cruz ficava próximo à primeira igrejinha do povoado, não a igreja que fizeram recentemente. Embora eu não tenha encontrado documentos que comprovassem isso, ela existiu no imaginário popular.
Você guardou um exemplar da monografia?
Eu tinha as gravações e tudo mais. O problema é que não lembro onde guardei. Muitos anos se passaram e parei de estudar esse tema.
No seu currículo consta que você fez mestrado em educação, mas depois passou para a faculdade de direito…
Quando você vai para um programa de mestrado e/ou doutorado, você vai seguindo um tema que o orientador tem interesse. Você cria problemas se não fizer isso. Então eu saí um pouco dessa área. Meu tema no mestrado foi a diocese de Propriá, mais precisamente o jornal da diocese. Depois disso, me decepcionei com a área acadêmica e fui fazer direito, seguir outras coisas. Eu meio que deixei isso um pouco para trás. Guardei, armazenei coisas da época, mas não sei onde estão. Imaginei que seria mais fácil encontrá-las.
Na busca que fiz para encontrar a monografia, vi que ela foi citada em vários outros trabalhos de conclusão de curso de história social e de outras áreas. Mesmo assim foi difícil encontrar um exemplar. Só havia um na Biblioteca Central da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e não é possível tirar cópia dele.
Eu não parei para olhar que ele tinha várias citações. É aquela coisa, a vida segue com tantos fluxos, você segue outros caminhos e para de olhar essas coisas. A minha monografia é de alguém ainda meio verdinha. Era meu primeiro trabalho acadêmico. Tinha dois volumes: um com o trabalho em si e outro com as entrevistas, cujas transcrições foram autorizadas. As outras em fita cassete se perderam.
Qual o foi a história que mais lhe chamou a atenção durante a produção da monografia?
Tinham histórias muito diferentes. No entanto, me chamavam a atenção as histórias das mulheres que tentavam sair daquela vida. Elas chegavam no povoado por extrema falta de opção. Tipo o pai expulsou de casa e elas não tinham como sobreviver. Muitas faziam o possível para encontrar alguém e casar. A ideia de ter uma família patriarcal, com pai, mãe e filhos era muito forte.
Mas tinha também quem se sentisse bem com a situação. Tem uma que casou e teve filhos. Mas quando se prostituía não era uma pessoa sofrida, não se preocupava. O foco dela era ganhar dinheiro. Ela dizia que se precisasse ficar lá tudo bem, mas montou um esquema e tinha caminhoneiros certos que a levavam para determinados locais e a devolviam no dia seguinte.
Em comum, posso dizer que a vida de todas não era fácil. Elas se prostituíam por necessidade e tinham que aprender a se submeter ao que os homens, as cafetinas e os cafetões impusessem. A meta de muitas era a busca por uma família a todo custo; por um cliente, mesmo casado, disposto a abandonar mulher e filhos para ficar com uma delas.
Como elas lidavam, por exemplo, com a violência, que você citou no início da entrevista?
Para sobreviver naquele local, inclusive a disputas entre elas por um bom cliente, elas aprendiam a colocar a gilete por baixo da língua, a brigar com uma lâmina, escondida no cabelo. Sabiam manejar facas e punhais, quebrar uma garrafa e espetar o caco de vidro em um local do corpo que causasse muito dano. Enfim, a moça chegava bem verdinha, sem noção de nada. Aquelas meninas criadas para ser donas de casa, esposas, mães, de repente a coisa não tinha andado bem e elas tinham que aprender muitas coisas. Quando conseguiam um homem e deixavam os bordéis, elas apagavam o passado.
Qual a visão que as profissionais do sexo tinham delas mesmos?
O preconceito entre elas próprias era muito grande. A visão que a maioria tinha de si era péssima. Não lutavam por seus direitos como o reconhecimento da profissão para que tivessem direito à Previdência Social [1]. Elas tinham a mesma visão preconceituosa do patriarcado.
As dívidas que as mulheres tinham com cafetões e cafetinas eram empecilhos para elas deixarem a atividade?
Sim. Muitas tinham dívidas com os exploradores. Elas moravam nas casas de prostituição, comiam ali. As dívidas iam se acumulando desde quando chegavam. Aliás, deviam desde que pisavam no povoado porque a viagem era paga pelo cafetão ou pela cafetina. Iam morar nos bordéis. As condições eram ruins, mas o pagamento que tinham de fazer era alto. A alimentação e a moradia eram cobradas a preço de ouro. No final das contas, tinham dívidas imensas. Os homens que elas conseguissem fazer ser apaixonar por elas tinham que desembolsar uma grana pela saída delas. A maioria não era livre, não era dona de si. Depois disso, a mulher tinha que enfrentar outro problema: ser aceita pela família do marido e pela sociedade.
Durante a feitura da monografia, você conheceu alguma que encontrou um companheiro e saiu de lá?
Sim, conheci três mulheres que se casaram, mas não pude publicar as entrevistas delas. Elas deram entrevistas, mas não me deixaram gravar nem publicar nada. O que elas queriam era apagar o que viveram. Elas tinham construído famílias, tinham filhos, não queriam nem que eles tivessem acesso a esse passado. Era assim: “Uma vez que saí daqui, agora eu sou uma mulher de família, eu sou decente, eu moro do outro lado da rodovia, inclusive” – diziam. Tinha outra que falava de um jeito como pedisse para não ser mais misturada com aquele tipo de gente. “Eu não sou mais aquilo. Agora eu sou uma mulher decente, uma mulher da sociedade, aqui sou respeitada”.
Elas não mudavam de cidade, ficavam por ali mesmo?
Muitas ficaram nas proximidades, só que geralmente ocultavam as suas histórias. Para chegar nelas foi uma dificuldade terrível. Só as pessoas mais idosas e que tiveram algum contato elas sabiam. Moradoras mais idosas não tinham acesso aquilo. As mulheres quando saíam ocultavam geral. E os maridos também tinham aquela coisa de nem pensar em falar.
Naquela época se sabia quantas mulheres viviam da prostituição no povoado?
Era muito difícil calcular. A rotatividade era muito grande. Eram poucas a que ficavam por muito tempo ali. De repente, tinha uma rede de cafetões, nem sei se posso chamar assim. Esse passava uma mulher para aquele e a dívida dela era repassada também. Aí vinha outra para cá, com outra dívida. Esse sistema talvez ajudasse nos negócios.
Eu lembro de uma situação: eu entrei com doutor Almir e a equipe dele. Tive curiosidade de olhar o bar como estava. Eu me afastei um pouquinho e eu alguém falou: “Carne nova no pedaço?”. Eu disse não, o médico disse: “Não, aqui nós estamos fazendo um trabalho de DSTs, Aids e outras doenças”. Deduzi que isso era importante, parecia que a rotatividade era boa para o negócio e, provavelmente, ocorria em outros bordéis. Provavelmente, atraía mais clientes ou fidelizava os mesmos. Para quem tinha suas famílias e dizia frequentar o local por “diversão”, a maioria, a rotatividade era bem interessante.
Quando acabou a obra da rodovia houve queda brusca dos negócios ou pela fama ainda havia muito movimento?
Continuou ainda por muito tempo. Mesmo depois da obra pronta os caminhoneiros frequentavam o povoado. Começou a cair mesmo depois que a sexualidade ficou mais aberta. Depois que não tinha mais muitos homens procurando prostitutas. Na década de 90, começou a ter uma baixa muito grande. Já não fazia mais tanto sentido procurar prostitutas. Nos anos 80 com a explosão da Aids houve uma grande preocupação, mas as prostitutas começaram a se cuidar. No início não, mas posteriormente era difícil encontrar DSTs entre elas. Elas passaram a se proteger muito mais que as mulheres de modo geral. Com o declínio, vários bares fecharam, muita gente se mudou. Churrascarias e bares de fachada, que tinham prostíbulos nos fundos, faliram. O movimento já está bem mais fraco nos anos 2000. Ainda existiam bordéis, a noite era relativamente movimentada para um povoado, mas em relação à movimentação do passado tinha caído muito.
Hoje ainda existem prostíbulos em Cruz da Donzela?
Tem pouquíssimos. Ainda existe, mas é uma coisa bem pequena. O que se ouve dizer hoje, objetificando as mulheres, é que “não tem mais qualidade”. Até porque não há mais rotatividade e as prostitutas não têm muitas condições de se cuidar. Elas chegavam a cobrar antes da pandemia 5 reais por programa. A coisa estava bem decadente.
Durante o período de maior movimento, tinha uma prostituta famosa como Hilda Furacão [2] ou Dona Beja [3]?
Não, a gente não encontrou. Você falando, me lembrei que eu procurava por uma Candelária, famosa prostituta que tinha recebido o apelido por conta de uma igreja no Rio de Janeiro que, assim como ela, era magnífica, belíssima. Eu me perguntava onde ia achar a Candelária daqui, mas não tinha ninguém que fosse renomada. O que encontrei muito foram cafetinas que tinham sido prostitutas, mas elas faziam o possível para esconder o passado. Elas não se orgulhavam disso. Achavam que o faziam era horrível, algo errado, ruim. Talvez por isso não tenha surgido um grande nome entre elas.
Quando você apresentou a monografia teve alguma repercussão? Você chegou a voltar lá?
Eu ainda voltei lá em seguida. Para as profissionais do sexo era interessante a ideia. Ter alguém que se interessasse pela história delas. Alguém que as valorizasse de alguma forma, que quisesse falar delas e não chegasse apenas para usar e ir embora. Elas pareciam sentir satisfação de estar sendo valorizadas pela primeira vez naquele meio. Mas elas não quiseram ler o que estava escrito, não fizeram questão de ficar com cópias. Disseram que a monografia era algo bom, mas não servia para elas.
Você tem fotos do período áureo da prostituição no povoado?
Fotos dessa época não consegui, eu tinha tirado fotos durante a elaboração da monografia, mas as pessoas não tinham as anteriores.
A pesquisa até a conclusão da monografia durou quanto tempo?
Cerca dois anos, incluindo o tempo que levei para marcar as conversas, fazer as entrevistar e produzir o trabalho. Levava um tempo até ganhar a confiança das mulheres e dos donos dos bares-bordéis, não era um ambiente receptivo. Além disso, fiz pesquisas em cartórios de delegacias e em fóruns de comarcas vizinhas para levantar casos de violência na região envolvendo as prostitutas de lá.
Você lembra com quantas pessoas você conversou?
Entrevistei cerca de 30 pessoas, mas publiquei 10 que me deram autorização. O sigilo ali era a alma da coisa. Elas não se glorificavam do que estavam fazendo. As pessoas imaginam que as mulheres gostam da “vida fácil”. Eu vi uma situação bem contrária, uma vida difícil, de onde a maioria queria sair por não considerar uma vida digna. A mentalidade, predominantemente, posso dizer 90%, era uma mentalidade patriarcal bem fechada. Por incrível que pareça elas conseguiam ser mais preconceituosas do que eu que estava chegando lá para entrevistá-las. Eu conseguia entender, aceitar, de uma forma muito mais tranquila que a maioria delas. (Continua)
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Notas de rodapé
[1] A prostituição no Brasil é uma ocupação profissional reconhecida pelo Ministério do Trabalho desde 2002, mas os profissionais do sexo começaram a ser aceitos nos registros do INSS somente em dezembro de 2010, após o travesti Lilith Prado, de 32 anos, do Mato Grosso, conseguir se tornar uma segurada da Previdência.
[2] Jovem da alta sociedade mineira que largou a família e se transformou em uma das mais famosas prostitutas de Belo Horizonte na década de 1950.
[3] No início do século XIX (19), chegou em Araxá uma jovem chamada Ana Jacinta Passou de São José, a Dona Beja. Ela trabalhou como prostituta e abriu um bordel chamado Chácara Jatobá. Por ser inteligente e bela, era muito assediada e escolhia com rigor com quem se relacionava, principalmente homens influentes. Assim, ficou rica e poderosa. Dona Beja é vista como uma figura lendária e icônica da cultura brasileira.
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Legenda da foto principal: Bar-bordel de Cruz da Donzela. Foto: Ana Luzia Santos
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Leia na próxima semana: Como Cruz da Donzela é hoje em dia
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Para ler a série completa
A rodovia, o povoado e os prostíbulos
A rotina nos bordéis de Cruz da Donzela
O garanhão, o aluguel de filhas e a ponte de Propriá
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Jornalista, editor, professor e consultor, 61 anos. Suas reportagens ganharam prêmios de direitos humanos e de jornalismo investigativo.
Respostas de 2
Parabéns pela entrevista. Como nos grandes centros, a prostituição tem migrado para a internet em cidades pequenas também, não sei se acontece isto no caso de Cruz da Donzela. Fiquei curioso se acontece lá também. O fato é que o acesso fácil e barato a celulares acaba facilitando a prostituição e dificultando o combate à exploração sexual.
Ricardo, que bom que você fez contato, caro amigo. Nos primeiros capítulos falamos os fatores que levaram à decadência do império dos bordéis. No entanto, esta semana voltamos lá para mostrar o que ainda funciona no local. Abração.