Trinta e seis famílias da comunidade de Riacho do Meio, em Ribeirão do Largo (BA) assinaram anteontem (9 de maio de 2018) o contrato para a construção de casas do programa Minha Casa, Minha Vida rural, que estava suspenso pelo governo federal desde junho de 2016. Uma família, cujo representante está com restrição no CPF, não será beneficiada. O prazo para a construção das casas é de 18 meses, se não houver atraso ou corte de verbas.
No dia 22 de fevereiro, Meus Sertões denunciou a situação dos agricultores familiares como Beatriz Oliveira de Jesus, 55 anos, viúva, que vive atormentada a procura de insetos e cobras que entram pelos buracos da casa de barro onde vive com seus filhos e netos. Uma vez, ela encontrou uma cobra enrolada na cama de uma das crianças. Beatriz foi uma das pessoas que assinou o contrato com a Caixa Econômica Federal.
O projeto de construção das casas de 55 m² é do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) em parceria com a Associação de Moradores e Pequenos Produtores da Cabeceira da Sussuarana e Riacho do Meio (Amprosul). O custo de cada moradia é de R$ 37.859. Inicialmente, 42 famílias tinham sido cadastradas para receber o benefício, mas o governo federal recomendou a redução para 37.
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, que reúne indicadores de longevidade, educação e renda, de Ribeirão do Largo é considerado baixo (0,54 em uma escala que varia de 0 a 1). Isto a coloca na 397ª posição entre as 417 cidades baianas. No Brasil, Ribeirão está em 5.325º lugar dentre 5.570 municípios.
Para ler a matéria sobre Riacho do Meio:
- Author Details
Jornalista, editor, professor e consultor, 61 anos. Suas reportagens ganharam prêmios de direitos humanos e de jornalismo investigativo.