O bom pescador

SOTAQUE DE UM POVO NAS BARRANCAS DO VELHO CHICO

O bom pescador não enjoa
Pega o peixe e guarda na proa
É mandim, é piau e surubim
É dourado, é curimatá, é piranha e pirá
É tambacu, é tambaqui e pacu
É curimatã, é tucunaré e matrinchã.

O bom pescador não enjoa
Pega o peixe, descansa na croa
Acende o fogo, abre a esteira
Descansa na beira
Namora a lua
Adormece, sossega a moleira.

Arilson B. da Costa Contributor

Arilson Borges da Costa ,nasceu em 22 de fevereiro de 1970, em Xique-Xique – BA. Filho de sorveteiro e neto de pescador, é professor. Estudou contabilidade na escola pública de Xique-Xique, Bahia, porém em 2008 abandonou a área de exatas e passou a estudar letras vernáculas, na Universidade Estadual da Bahia (UNEB). Ao longo de sua vida acompanhou pescadores às margens do rio São Francisco, no intuito de entender o sotaque do povo ribeirinho, por isso migrou seu trabalho para escrita de contos e causos do povo.

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