Três campeões – Especial Ichu

Antônio Carlos Modesto, o Pepa, 67 anos, Sandro Luiz Carneiro Cedraz, 38 anos, e Wadson Adelídio dos Santos Oliveira, 20, têm em comum o fato de acumularem conquistas nos concursos de máscaras e alegorias, na Lavagem de Ichu. São três gerações de campeões. O site Meus Sertões entrevistou os três, que contaram suas técnicas e deram sugestões para o aperfeiçoamento da competição. Vamos conhecê-los.

O MESTRE SANDRO

Sandro Luiz Carneiro Cedraz é considerado por integrantes da Velha Guarda e da nova geração de criadores de máscaras como um gênio. A textura que dá às suas obras usando papel e cola é admirável. Inesquecível a máscara de Anúbis, deus egípcio que guia a alma dos mortos no submundo e é representado com a cabeça de chacal.

Fabuloso e premonitório foi o carro alegórico que construiu ano passado, tendo como tema desastre ambientais. Atualmente morando em Feira de Santana, Sandro não deixa de comparecer a Ichu durante a Lavagem da Igreja, mesmo quando não está competindo, como ocorreu este ano. Um pouco para protestar contra o resultado do concurso do ano passado – seu carro sequer foi classificado – outro pouco por conta de suas atividades profissionais em uma fábrica.

Nesta conversa com Meus Sertões, ele explica porque se recusa a ser jurado, fala da colaboração que dá para todos os grupos, da paixão pela festa e de porque defende a mudança da data da Lavagem.

Por que você não aceitou ser jurado do concurso de máscaras?

Sou independente, não faço parte de nenhum grupo, mas ajudo todos. Os meninos me pedem uma ideia, vou lá e ajudo. Então para mim, eu sirvo melhor dessa maneira em vez de subir lá e julgar. Sei que não seria injusto e avaliaria da melhor forma possível. No entanto, prefiro chegar na casa de todos e trocar ideias.

O ARTISTA E SUAS ALEGORIAS
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As críticas do ano passado, do não cumprimento do regulamento foi o que influenciou na decisão de você não participar este ano?

“Foi e não foi. Eu fiquei revoltado pela forma que foi julgado. O regulamento do ano passado. não foi cumprido. Ele definia alguns critérios, que não foram obedecidos pelo vencedor. Estava previsto que era preciso dar uma volta na praça. Por obrigação, o jurado teria que ficar num ponto elevado, em frente ao barracão municipal, para fazer a avaliação. Só que o carro não veio para o local previsto. E jurado teve que se deslocar até onde o carro quebrou. O regulamento foi descumprido. Aí o pessoal começou a ficar revoltado com isso aí: “Por que eu tenho que obedecer e o outro não obedece e é favorecido?”.

Como você se prepara para a Lavagem da Igreja?

A festa de fevereiro é um grupo só para mim. Os meninos se juntam para fazer máscaras e alegorias, mas no meu caso eu faço uma só para eu mesmo brincar. Às vezes, o tempo é curto e peço ajuda ao pessoal da família. “Dá uma apertada, cola aqui. Me ajuda”. Em 2018, precisei de muita ajuda, senão não daria tempo.

Há quanto tempo você participa da festa?

Meu amigo, para ser sincero eu não lembro. No primeiro ano que saí, eu tinha medo de careta (máscaras) ainda. A careta quando vinha em direção a mim, eu saía correndo. Uma careta com medo da outra. Eu era pequeno. Lembro de não ter participado em um ano que estava fora, em Dias D’Ávila (cidade da região metropolitana de Salvador) e não deu para vir.

Também fiquei três anos sem poder vir, com a máscara feita. Na sexta-feira, empresa privada para liberar é complicado. Fazia plano e tudo. Chegava no dia e ouvia: “Ahhh!…Infelizmente você não vai poder sair”. No terceiro ano, dei uma de ousado e paguei 80 reais ao colega para ele trabalhar para mim no sábado de manhã. Acabei o turno ao meio-dia de sábado, em Camaçari e vim igual um louco para estar aqui às 15 horas.

Hoje moro em Feira de Santana, onde trabalho na empresa Colormaq. Eu faço o possível para estar aqui todo ano.

 Ouvi muita gente falar que seria interessante mudar a festa para o sábado. O que você acha da proposta?

Quando a gente sentou para falar sobre isso alguém argumentou que a gente perderia a tradição. Se pensar no lado da tradição da festa de fevereiro, muitas coisas perderam a tradição. Vamos começar pela lavagem da igreja. Como ela era antigamente? Máscaras comuns, pessoas carregando água e jogando nas outras. Isso acabou. Quando eu citei isso, alguém disse “Deus o livre, essa questão de jogar água. Já pensou de noite, na hora da reza, o pessoal pisando e fazendo lama”. Pois bem, perdemos essa tradição. Como é a lavagem hoje? Sem água.

Sugeri que a gente fizesse o desfile de blocos particulares e máscaras comuns na sexta e fizesse a lavagem no sábado, invertendo a programação atual. Aí alguém reclamou porque as máscaras bonitas ficariam para o dia seguinte. Retruquei, dizendo que antigamente tinha o leilão, que era famoso. O pessoal doava carneiro, gado, galinha e o leilão durava a tarde todinha do sábado. Hoje, tem? Não. Há dois anos deixou de ser feito.

Se o pessoal do bloco particular não saísse, não tinha nada à tarde. Para mim, no sábado, a única coisa que faz sentido hoje é a missa dos violeiros (eles tocam os hinos da igreja, depois se apresentam na praça com músicas de raiz). Então se a gente botasse para o sábado, eu acho que Ichu ficaria pequeno. O tanto de gente que tem vontade de vir, mas desiste quando sabe que é na sexta. Sexta-feira à tarde é complicado”

Qual era o tema do carro alegórico que você construiu ano passado?

O conceito era desastre ambiental. Um tronco de árvore se transformava em monstro. Embaixo do tronco tinha um ser humano. A imagem de um homem com uma espingarda nas costas. O mostro veio atropelando e soterrou ele no lixo, que também poluía o lago. A água era reduzida e os peixes estavam morrendo. Havia uma cotia em fase de decomposição na beirada. Na mão do caçador, um passarinho morto, e um urubu no lixão. Atrás do monstro, um morro e uma nascente estreita. No final, um reservatório, onde um jacaré tentava sobreviver. Mostrava ainda queimadas e devastação da vegetação. No alto do morro, outro boneco em forma de árvore com um pote na mão, simbolizando a ambição humana. O carro passava a mensagem de como o mundo está ficando com as merdas que os homens estão fazendo.

E o que foi feito desse carro?

Um rapaz de Alagoinhas e um de Camaçari ligaram, demonstrando interesse de vir buscar o carro. O segundo queria levar para a Uneb (Universidade do Estado da Bahia). Só que não vieram buscar por causa da questão logística e eu acabei desmanchando tudinho, após esperar um tempo. O carro alegórico ocupava a garagem toda. Meu carro estava dormindo na casa de outra pessoa.

O TALENTOSO WADSON

Na maior parte do ano, Wadson Adelídio dos Santos Oliveira, 20 anos, trabalha em um salão de barbeiro. Há dois meses da Lavagem de Ichu, ele divide a atividade com a construção de máscaras e alegorias. Há nove anos, mantém uma rotina corrida, que resultou em quatro títulos, um segundo lugar e um terceiro lugar nos últimos concursos. Em 2019 foram deles as máscaras vencedoras nas categorias juvenil, infantil e adulto.

Torcedor da escola de samba Beija-Flor e integrante do grupo Nova Geração, formado por parentes e vizinhos, Wadson aprendeu a fazer máscaras observando os mais velhos. Ele também se declara fã de Sandro:

“Ele é referência. O melhor que tem” – elogia

Para fazer as máscaras, Wadson recorre à imaginação e à internet. Este ano, mal terminou a disputa, começou a pesquisar em sites de países orientais a inspiração para 2020. Pretende também conseguir um estágio em um barracão de escola de samba do Rio de Janeiro para aperfeiçoar sua técnica e, quem sabe, se tornar imbatível.

“O Monstro do Pântano e o Dragão Japonês” foi a obra deste ano. Feita com arame, papelão, raízes da caatinga, samambaia e uma caveira de cachorro levou dois meses para ficar pronta. Wadson queria incluir efeitos especiais como movimento nas asas e fumaça saindo da boca do dragão. Não fez porque teria que mudar de categoria, passando para alegoria.

ETAPAS DE CONSTRUÇÃO
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Também foi dele a obra “Índios”, usada pelo parceiro Luiz Augusto, 17 anos, que conquistou o título na categoria juvenil. A fantasia foi feita com penas de pavão e saqué, massa corrida, gesso, sisal, cabaças e fios de saco de batata. No verso da máscara, havia um leão e outro índio. É costume que as máscaras de Ichu tenham dupla face, pois os artesãos acreditam que se não houver nada nas costas elas ficam desinteressantes.

Luiz Augusto, parceiro de Wadson, venceu na categoria máscara juvenil. Foto: Paulo Oliveira
Luiz Augusto, parceiro de Wadson, venceu na categoria máscara juvenil. Foto: Paulo Oliveira

No sistema de parceria, os integrantes dividem os custos e a premiação, se houver.

Wadson diz que não sabe quanto gastou com o monstro e o dragão. Ele parou de contar quanto atingiu 200 reais. Depois da festa, calculou que a máscara consumiu 380 reais e que teria um lucro superior a R$ 600.

A fama do jovem construtor de máscaras ultrapassou os limites de Ichu. Ele já foi contratado para fornecer caretas para Riachão do Jacuípe e São Domingos, localidade entre os municípios de Retirolândia e Valente. A primeira foi para um filme rodado em julho do ano passado. A alegoria foi “A Fera”. A segunda, teve como destino uma apresentação escolar.

“Aprendi a arte no dia a dia, vendo os outros fazendo. Via Sandro fazendo e assistia ao desfile das escolas de samba do Rio, no You Tube” – diz.

VELHA GUARDA

Pepa é um dos artesãos veteranos de Ichu. Professor primário aposentado, nunca abandonou o campo, onde até hoje planta milho, abóbora, cabaça e melancia. Seu envolvimento com a festa começou a partir da chegada do padre Leopoldo Garcia Garcia a Ichu, em 1991. Integrante do Conselho Pastoral, começou a participar da organização da Lavagem da Igreja, buscando recursos com empresários e comerciantes para premiar os vencedores dos concursos. O que não conseguia, o padre bancava do próprio bolso.

Os três anos que passou com esta missão, aproximou-o ainda mais de Didio. Segundo ele, “um dos maiores construtores de grandes máscaras da cidade”. De tanto ver o amigo produzir caretas, resolveu seguir os mesmos passos.

“A primeira máscara que fiz foi a de um rato. Neste ano, Didio foi o campeão e eu fiquei em segundo lugar” – recorda

No ano seguinte, Pepa passou a trabalhar com um de seus sobrinhos. Construiu o Tamanduá e o Escorpião. Cada ano era um bicho diferente e os resultados o estimulavam. Foram 12 prêmios, oito deles em primeiro lugar. A decisão de Didio dar uma parada na disputa também o favoreceu. A esta altura, seu parceiro era o irmão Aloísio Sandro, que não desfilava.

Pepa lembra que na primeira metade dos anos 2000, padre Roni queria acabar com a festa, mas a comunidade não aceitou. A oposição do religioso à festa profana fez a prefeitura assumir o evento, que faz parte da programação do novenário do Sagrado Coração de Jesus, padroeiro da cidade.

O professor aposentado lembra que desde criança os pais o levavam para a Lavagem. Assim como muitos, ele tinha medo. Principalmente de seu Duzinho e de Assis, que usavam máscaras de cabaça, madeira e de borracha, estas compradas prontas para assustar meninos e meninas, na década de 50. Nessa época, a igreja era lavada, principalmente, pelos moradores das comunidades do Maxixe e Casa Nova.

Pepa diz que os valores pagos pela prefeitura atualmente não correspondem aos valores gastos pelos artesãos.

“Naquela época, as máscaras não eram tão perfeitas como as de hoje. Hoje tem menos máscaras e mais perfeição. Ano passado tinha cinco ou seis carros alegóricos e 20 alegorias. Este ano só teve um carro, na verdade uma carroça alegórica fraquinha, que não tinha nem acabamento, e duas alegorias. Aquilo foi para sair no grito por causa do boicote. Essa turma que fez a carroça sabe trabalhar” – comenta.

Os responsáveis pela carroça foram os vencedores do ano passado. O resultado provocou o boicote deste ano por parte dos grupos de construtores de máscaras que discordaram do resultado. Eles justificaram a ausência dizendo que o regulamento não foi cumprido, pois o carro alegórico quebrou, o que deveria ter causado sua desclassificação. Pepa acrescentou outra informação para confirmar a falha dos jurados e da organização na avaliação: algumas figuras que botaram no carro alegórico foram compradas, o que não era previsto no regulamento.

A revolta dos participantes e do povo foi grande. Muita gente desistiu de participar este ano, dentre eles figuras importantes como Sandro Carneiro, considerado o melhor criador de máscaras e alegorias da atualidade, e o grupo “É Nóis”, responsável pela confecção de 16 máscaras e um carro alegórico no ano passado.

A alusão ao episódio, faz Pepa fazer críticas aos organizadores, mas ele se posiciona firmemente contra o boicote.

“Fui na reunião da prefeitura e quando a gente chegou lá encontrou o regulamento pronto. Isso não existe. É para construir o regulamento com o grupo. Quando a gente propunha alguma coisa, diziam que não podia porque as normas já estavam publicadas no Diário Oficial. Ficou meio chato, você ir para uma reunião opinar, mas sua opinião não valer mais nada. Apesar disso, sou contra o boicote. Acho isso ridículo. O que é preciso é aperfeiçoar o estatuto, as regras do concurso” – diz.

Pepa justifica sua ausência este ano devido as atividades dele nos conselhos da Pastoral e de Recursos Hídricos da cidade. Alega que não teve tempo de concluir sua máscara, mas promete que desfilará em 2020 se tiver saúde.

O campeoníssimo da Lavagem tem mais duas sugestões para a festa. A primeira é que o participante só receba o crachá da competição no dia da festa, quando estiver mascarado para não ser identificado. Assim, segundo ele, não haveria risco de haver acusações de que a premiação foi política

“No segundo ano que ganhei, quem mais preparava máscara bonita era Didio e Sandro. O prefeito da época era Renato Cedraz. No meio do concurso, apareceu uma máscara diferente. Todo mundo curioso para saber quem era, mas ninguém tirava máscara antes do resultado. Quando eu tirei a máscara, o prefeito se assombrou: ‘Ôxente, Pepa, nunca imaginaria’. Nesse ano venci com Tamanduá” – conta

Outra sugestão é que a Lavagem passe a ser feita aos sábados, o que permitiria a presença de mais turistas e filhos da cidade que moram e trabalham em outras regiões:

“A festa no sábado dobra a quantidade de pessoas e eu sou a favor. Agora precisa mudar a estrutura da festa. Aquele pessoal (foliões) no meio das máscaras atrapalha. Você não vê todos os concorrentes. Era para ter um cordão de isolamento” – sugere.

Durante a conversa, Pepa não se cansa de elogiar o amigo Didio, o primeiro a construir um dragão em tamanho grande. Também não economiza palavras para falar de Sandro, responsável pelas alegorias que cobrem todo o corpo. Ele se coloca em terceiro lugar entre os mestres das máscaras. E diz que esse triunvirato permitiu que os demais ganhassem embalo.

“Nenhum dos mestres fez curso para aperfeiçoar sua arte. Muitos buscam na internet a inspiração para futuras fantasias. Outros, simplesmente, apelam para a imaginação. Há também a aposta em novos matérias.

De primeiro a gente fazia o corpo só com samambaia, coisa do mato, coisa da caatinga. Tá entendendo? Depois foi se fazendo de papelão, serragem de pau. O povo hoje usa todo tipo de massa nas máscaras” – relata.

O professor aposentado lembra ainda que os mascarados, em alguns anos, aumentaram sua participação na programação da novena. Chegaram até a desfilar durante a alvorada de sábado, às 5 horas da manhã, mas aí o povo reclamou por dois motivos: era muito cedo e muitos não viram a passagem do bloco e porque alguns componentes beberam demais e fizeram muito barulho durante o trajeto.

Pepa, por fim diz que tem ótimas recordações dos festejos, e que só fica triste porque até hoje a prefeitura não disponibilizou um local para a criação do Museu das Máscaras, que seria uma atração turística da cidade.

“Fico triste e vou ser sincero. A prefeitura tem tanto lugar disponível para isso. É uma ignorância o poder público fazer a festa e não ter um local para expor pelo menos as máscaras mais bonitas. Ichu não é o Rio, nem São Paulo, mas fazemos uma festa carnavalesca para valer”.

OUTROS DEPOIMENTOS

Além dos três campeões, Meus Sertões ouviu o depoimento de outros participantes da festa. Veja o que dizem sobre o evento.

Janílton lidera a orquestra Muvuka. Foto: Paulo Oliveira
Janílton lidera a orquestra Muvuka, da cidade de Pé de Serra. Foto: Paulo Oliveira

 Maestro Janílton Santos – A orquestra Muvuka, da cidade de Pé de Serra, tem 16 anos. Em 2019 foi a 12ª vez que animou a Lavagem de Ichu. A banda se apresenta em várias cidades, incluindo Salvador e Barra do Mendes e tem componentes dos 14 aos 81 anos. Janílton diz que se sente em casa ao participar da festa das máscaras.

Zé Bazu, saxofonista, perdeu as contas de quantas lavagens participou. Foto: Paulo Oliveira
Zé Bazu, saxofonista, se divertiu muito em Ichu. Foto: Paulo Oliveira

José Raimundo, o Zé BazuSaxofonista, 81 anos, o músico mais idoso da Muvuka: “Quando eu era novo, achava a festa boa. Hoje, tô olhando os outros acharem boa”

José Martins, 88 anos, diz que nunca viu uma confusão na Lavagem. Foto: Paulo Oliveira
José Martins, 88 anos, nunca viu uma confusão na Lavagem. Foto: Paulo Oliveira

José Martins Cerqueira, 88 anos“A Lavagem da Igreja é uma tradição. Nunca teve uma discórdia de nada. Todo mundo muito alegre. Antes, a gente pegava água para lavar a igreja. Depois proibiram. A lavagem era no pôr do sol. Hoje, aqui todo mundo brinca. Criança, adulto, todos se respeitam”

Damião não perde uma festa por nada.Este ano saiu de caubói. Foto: Paulo Oliveira

Damião Carneiro, 49 anos, não perde a festa por nada. Foto: Paulo Oliveira
Damião Carneiro, 49 anos, não perde a festa por nada. Foto: Paulo Oliveira

Damião Jinoval Carneiro, 49 anos – “Participo da festa há mais de 25 anos. Este ano ia fazer uma máscara com centenas de tampinhas de garrafas, mas meu pai não estava bem de saúde e fiquei cuidando dele. Quando vi que não ia dar tempo de concluir o que queria, improvisei a fantasia de um caubói para não deixar de participar. Em 2017, fiz uma baiana de 3,20m, igual aos bonecos de Recife”.

Maria da Conceição, costureira do grupo Nova Geração. Foto: Paulo Oliveira
Maria da Conceição, costureira do Nova Geração. Foto: Paulo Oliveira

Maria da Conceição, 31 anos – Costureira do grupo Nova Geração. Na véspera da Lavagem, finalizava calças cobertas de samambaia da caatinga. “Levo uma ou duas horas para terminar uma calça. Sobre as máscaras, sei pouco. Foram feitas de sisal e samambaia. Não sei o que elas são. São uns monstros. Minha função é ajudar nas costuras e colar papelão nas máscaras.

Fraedson conquistou o título na categoria alegoria com "O Elefante". Foto: Paulo Oliveira
Fraedson: campeão em alegoria com           “O Elefante”. Foto: Paulo Oliveira

Fraedson, campeão da categoria alegoria, em 2019 – “Pena que Pepa, Didio e o grupo ‘É Nóis’ não participaram este ano. Isto engrandeceria a disputa. Espero que todos retornem em 2020”

Jornalista, editor, professor e consultor, 61 anos. Suas reportagens ganharam prêmios de direitos humanos e de jornalismo investigativo.

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