Lúcia Oliveira se iniciou na arte de moldar o barro graças ao incentivo de mestre Zé Santana. Frequentou um dos cursos dele e foi adiante. Na arte figurativa sua temática inicial foi o homem do campo na sua labuta e lutas. Voltou-se depois para as figuras folclóricas e simbólicas.
Personalidade forte capaz de grandes superações, não se intimida pelas dificuldades do mercado brasileiro que, a seu ver, não valoriza a arte popular o suficiente, mas é bem a mulher que acredita no poder motivador dos sonhos.
Nascida em Lagoa D’Anta (RN) e criada no Rio de Janeiro, a artesã voltou para o estado natal porque a família atendeu o pedido da avó dela, que estava doente. Lá, aprendeu a trabalhar com Zé, o “Rei do Barro”. Quando fazia uma peça ruim, o mestre quebrava e falava para ela fazer outra.
Assim produziu o material, cobiçado por turistas. A procura era tanta que outros artesãos danificavam a peça de Lúcia para que ela não vendesse tanto. Hoje, ela trabalha em casa, em um espaço pequeno, mas não se incomoda. Graças ao barro, ao qual dedica amor, superou a angústia e a depressão. E a vida segue.
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Nasceu e cresceu numa típica família brasileira. Potiguar, morando na Bahia há vinte anos, é médica de formação e pesquisadora da cultura popular. Nos últimos 10 anos abandonou a sua especialidade em cardiologia e ultrassonografia vascular para atuar como médica da família na Bahia e no Rio Grande do Norte, onde passou a recolher histórias e saberes. Nessa jornada publicou cinco livros.”. No final de 2015 passou temporada no Amazonas recolhendo saberes indígenas.