O ataque

Entidade encantada dos rios, o Nego d’Água é presença visível no São Francisco a perturbar caçadores de peixes como Manoel Capote.

Causa perturbações a quem o provoca e, dizem, protege os rios. Vira embarcações, fere e até devora pescadores!

Há quem, ao sair para o trabalho no rio, leve consigo uma garrafa de cachaça como oferenda a ser jogada em águas fundas.

Por vezes chamado Bicho, recebe o tratamento de “Compadre” dos mais temerosos e respeitadores.

Guardião das águas do São Francisco, é descrito como grande negro e careca. Para alguns tem pés de pato. Em comum, o assombro que causa a quem o vê.

 

Nasceu e cresceu numa típica família brasileira. Potiguar, morando na Bahia há vinte anos, é médica de formação e pesquisadora da cultura popular. Nos últimos 10 anos abandonou a sua especialidade em cardiologia e ultrassonografia vascular para atuar como médica da família na Bahia e no Rio Grande do Norte, onde passou a recolher histórias e saberes. Nessa jornada publicou cinco livros.”. No final de 2015 passou temporada no Amazonas recolhendo saberes indígenas.

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Uma resposta

  1. Maravilhoso o relato! Tive o prazer de conhecer Mané Capote, na comunidade de Utinga, em Xique-Xique – BA, minha terra natal.
    Preservar a história de um povo é presevar a vida dele. Um povo sem história é um povo sem alma. E tirando-lhes as suas histórias é o mesmo que arrancar-lhes a alma.
    Parabéns à Helenita Monte de Hollanda!
    Parabéns a todos e todas do site Meus Sertões!

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