Quando se fala em São João uma das primeiras coisas que vem à cabeça são as comidas típicas. Maria Rosa aprendeu a cozinhar aos 10 anos, com a ajuda da mãe. Junina de nascimento, começou a fazer comidas típicos para os festejos juninos quase 30 anos depois e transformou isso em uma fonte de renda.
Ela conta que aprendeu o ofício observando os outros fazerem.
“Se tiver vontade, você aprende. É só tentar, observar… Pega e faz”
Durante anos, dona Maria comercializou bolos, assados e bebidas na cozinha de sua casa. A ideia de produzir o licor de acerola surgiu enquanto preparava de outros sabores. Vendo o tanto de acerola que tinha no quintal de sua casa, pensou que poderia utilizá-las no lugar de outras de abacaxi, jenipapo e ameixa.
“Já tinha ouvido falar de licores de várias frutas, além das que eu já usava. Resolvi tentar com acerola e deu certo” – conta.
Mas a culinária não aparece só uma vez ao ano. Em sua vida é sempre assim. Tem pelo menos encomendas mensais de bolos ou bebidas. Seus filhos pediram para que parasse de cozinhar por conta de sua idade. Mas a “aposentadoria” durou apenas dois anos, Ela não conseguiu ficar parada.
“Agora a minha casa está cheia de comidas. Um monte de encomenda pronta” – comemora.
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Nordestina de corpo e alma, jornalista. Nasceu em uma cidade de menos de 10 mil habitantes, Malhada de Pedras – BA, e tem sede de explorar o mundo. Adora conhecer lugares e personagens, seja através de livros, música, telenovelas, séries, viagens ou qualquer outra forma. Se encantou pelo jornalismo por meio dos grandes eventos esportivos, mas descobriu na fotografia e nas ruas uma nova vontade de contar histórias longe dos limites de um campo e dos quadros de medalhas. Quando criança decidia se gostava de um time ou não pelo o uniforme. É corintiana.