A diretora mais longeva da escola Malê Debalê

Rosyvone se identificou com o projeto, mas enfrentou muitas dificuldades para levá-lo adiante

Rosyvone Gomes Pereira, 54 anos, foi a diretora mais longeva da Escola Municipal Malê Debalê e a mais elogiada por componentes do bloco. Nascida em Belém, no Pará, dirigiu a unidade de 2010 a 2013, a educadora descende do povo Xinguara. Filha de um auxiliar de enfermagem e de uma professora, ela revelou as dificuldades que encontrou à frente da unidade instalada na sede do bloco afro, em Itapuã, e quem raras vezes encontrou apoio da Secretaria Municipal de Educação (SMED).

Formada no magistério, a profissional cursou pedagogia e dança regional paraense nas universidades estaduais da Bahia e do Pará, respectivamente. A tentativa de cumprir o regulamento da SMED e a dedicação ao cumprimento das leis 10.639 e 11.645 lhe causaram dissabores, diante de um quadro de professoras sem comprometimento com o ensino.

Em entrevista de cerca de duas horas, Rosyvone contou ao site Meus Sertões os prazeres e as agruras de participar de um projeto pioneiro.

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A senhora substitui quem?

A escola foi inaugurada em 2006, quando entrou a diretora Geneci. Soares da Cruz Ela ficou apenas um ano. Tem tudo isso no memorial que deixei com a diretoria do bloco. Aí você consegue ver toda a história da escola municipal Malê Debalê. Depois de Geneci, entrou uma pró-tempore, Isiane Aline da Silva. Ela foi a segunda diretora, ficou acho que só seis meses, aí veio Gedalva Neres da Paz, que permaneceu um ano. Eu entrei para substituir Gedalva. em junho de 2009.

E a senhora ficou quanto tempo?

Até 2013. Foram 5 anos, contando com o ano que eu entrei

Eu queria que a senhora me falasse da sua experiência lá na escola.

Quando eu entrei a escola só tinha 95 alunos. E tinha um índice de evasão muito elevado. A diretoria do Malê, com Josélio à frente, sempre teve a educação como prioridade. A proposta era ter uma escola dentro da sede do bloco com o ensino regular, porém, dando prioridade à educação afro. Porque eles pensavam as questões da identidade, da ancestralidade, do poder negro, da história real do povo negro.  A escola municipal Malê Debalê surge como uma escola diferenciada. Tanto é que a gente tinha calendário diferente. Seguíamos o calendário da rede, porém, nós tínhamos o “calendário preto”.

E o que era isso?

A gente celebrava as datas comemorativas para o povo negro:  Revolta dos Malês, Revolta de Búzios, aniversário de Zumbi dos Palmares e debatia a história dos heróis negros. Por exemplo, a Consciência Negra era só uma culminância dia 20 de novembro. Porém, para nós o tema era trabalhado da hora que a criança entrava na escola em fevereiro à hora que ela saía em dezembro. Não é só novembro, como muitas escolas fazem. A consciência negra na Escola Municipal Malê Debalê era todos os dias do ano letivo. E fora também porque, além dos dias normais de aula, a gente fazia muitos eventos nos finais de semana por conta da comunidade ao redor da escola

Alunos do Malê tinham aulas de dança e se apresentavam em datas especiais como o Dia da África. Foto: SMED/Ascom

Que tipo de eventos eram feitos?

Eram caminhadas, o abraço à Lagoa do Abaeté, comemoração do Malêzinho, que é o bloco mirim, que oferece aulas de dança afro, aulas de percussão para as crianças da comunidade. Mais: comemorávamos o aniversário do Malê, em março.

Então a gente fazia caminhada da primavera, caminhada da Educação e sempre com as crianças, sempre com as crianças. Fazia comemoração de semana da criança, comemoração do aniversário do Malê Debalê, que é em março. Entendeu? Então a escola sempre foi abraçada ao bloco. Nós sempre nos demos as mãos, porque ela levava o nome de um bloco renomado e conhecido internacionalmente.

Na maioria das vezes, a escola afro de referência para o município de Salvador era a nossa. No entanto, como eu falei, a escola tinha apenas 95 alunos. Gedalva e Geneci tiveram uma grande dificuldade por conta de algumas questões internas que agora nem vale a pena a gente discutir.

Me dê um exemplo dessas questões.

Nós tínhamos profissionais e “profissionais”. A gente tinha profissionais comprometidos, mas outros sem comprometimento. Então assim: as professoras não iam, as crianças voltavam da porta da escola. Com isso, as crianças foram sumindo da escola. Eu entrei com esse grande desafio. Eram 95 alunos e quatro salas de aula. Quando eu saí, deixei 17 turmas, transformei depósito com material velho e camarotes em salas de aula.

Explique como isso ocorreu?

No início, a escola tinha turmas da educação infantil do grupo 4 ao terceiro ano do ensino fundamental 1. Porém, o grupo 4 não estava funcionando quando entrei. Só o grupo 5 primeiro, segundo e terceiro funcionavam. Aí o meu desafio foi reestruturar a unidade. A primeira coisa que fiz foi buscar na comunidade os alunos de volta para a escola com uma campanha de panfletagem. Eu descia na comunidade, com apoio dos meus terceirizados (auxiliares de serviços gerais). Ao mesmo tempo, comecei a buscar junto à secretaria de educação a reforma da escola porque quando chovia, caía água pela lâmpada das salas e eu via que Malê tinha muito espaço e que eu poderia aumentar a parte física da unidade. Não tive muito apoio da gerência regional. A gente mandava o ofício, mas ele não seguia para a secretaria de educação. Diante disso, passei a ir pessoalmente na secretaria de educação

Mas não seguia por quê?

Não sei lhe dizer. Ou alguém não queria que a escola crescesse ou não dava valor à educação. Quando entrou o secretário de educação João Carlos Bacelar foi quando eu consegui tudo o que você vê hoje na Escola Municipal Malê Debalê, que hoje não existe mais.

O Bacelar entrou em que ano?

Mais ou menos 2010 (2010-2013). E eu também fiz muita amizade com o pessoal de infraestrutura da secretaria de educação, que foi totalmente alterada. Já saíram todos.

Esse setor é responsável por obras nas unidades escolares?

Exatamente Eu ia com meu carro, gastava minha gasolina Primeiro, eles reformaram todas aquelas quatro salas Só que eu queria as salas de baixo. Peruano, diretor de patrimônio, hoje falecido, tinha muita resistência em liberar as salas. Aí com todo meu jeitinho fui falando, conversei com o Josélio sobre a necessidade de a gente aumentar a escola. Minha sala funcionava atrás da cozinha.

Aí quando eu cheguei, eu disse: “Não, eu não quero dessa forma Eu não vou trabalhar assim Aí eu comecei a buscar uma pessoa dentro da secretaria que pudesse me ajudar. E as mudanças foram ocorrendo com o apoio da presidência do Malê.

O contrato era só de cessão ou a secretaria pagava ao bloco para funcionar na sede dele?

Era só cessão de salas A prefeitura não pagava nada por isso. Ela era responsável por merenda, por pagamento de professor, pagamento de luz, água e reformas. Qualquer reforma a secretaria faz. Então o que eu fiz? Eu pedi pra reformar as quatro salas em primeiro. Tirei a primeira salinha, reformei e fiz a minha secretaria A sala que era a secretaria eu transformei num depósito de merenda porque ficava perto da cozinha. As duas salas da parte baixa também foram reformadas. A primeira virou AEE, sala de atendimento para crianças especiais. E a segunda sala foi climatizada para abrigar o grupo cinco anos.

O que mais foi feito?

Os meus alunos do terceiro ano iam para a escola municipal Lagoa do Abaeté em 2010. Fiz uma avaliação com esses alunos porque o primeiro e segundo ano não reprovam, mas o terceiro reprova. Ou passa ou permanece. E como eu não tinha o ciclo dois – o quarto e o quinto ano – eu teria que transferi-los para a escola mais próxima. No teste ficou claro que as crianças não sabiam escrever nem o primeiro nome. Isso me desesperou.

Eu fui conversar com a professora Renate Tavares, que era a coordenadora regional de Itapuã na época. Perguntei qual era a possibilidade de eu abrir o ciclo dois na escola porque eu não gostaria de passar os alunos para outra unidade, sem que elas soubessem o básico do terceiro ano. Ela respondeu que não teria problema se eu tivesse salas de aula para essas turmas. Esse foi o meu maior desafio. Além de já ter aberto uma para o grupo cinco, eu tinha solicitado a reforma do camarote para o grupo quatro O camarote principal era grandão. Tinha uma parede e atrás dela havia uma antessala, que servia de depósito. Pronto, mais espaço para os estudantes, assim como outro depósito da parte de baixo.

Consegui dois ares-condicionados, mas tive que pagar do meu bolso para instalar os equipamentos porque a secretaria de Educação demorou muito para fazer a instalação. Por fim, conseguimos que fosse construído um anexo na quadra do bloco.

E tudo correu bem durante a obra?

Durante a obra teve um problema porque durante a escavação perceberam que havia uma inclinação e foi necessário fazer um grande aterramento para evitar que o terreno cedesse. Eu estava com 300 matrículas e parecia que não ida dar tempo de o anexo ficar pronto. Em março de 2010, após o carnaval, conseguiram finalizar as duas salas de baixo. O acabamento não estava 100%, mas havia estrutura com quadro, carteiras, piso, ventilador e eu abri a 4ª e 5ª série.

Vamos fazer as contas: eu tinha oito turmas manhã e tarde Ali naquele prédio que você já conhece Quatro de manhã e quatro a tarde. Mais duas do grupo 4 no camarote, manhã e tarde na parte de cima. O camarote antigo, mais próximo do palco, funcionava o grupo 4, manhã e tarde. Antes, a escola funcionava com oito turmas, depois passou para 16 em dois turnos e 10 salas de aula.

A sala de AEE conta como turma?

Não, o AEE na verdade é uma sala especial onde uma psicopedagoga atendia não só os alunos do Malê, mas estudantes das escolas adjacentes com autismo, Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), paralisia e dificuldade de aprendizagem.

No início da entrevista, a senhor disse que havia professoras que não se comprometiam com a escola e os alunos. Como se manifestava essa falta de interesse?

Atestados médicos frequentes, maus tratos verbais com os alunos. Falta de planejamento para as aulas e desinteresse em atuar em uma escola diferenciada.

O que foi feito para sanar esse problema?

Eu fui na secretaria de Educação e expliquei a situação. Então foi feita uma “limpa” na escola.

Quantas professoras tinha nessa época?

Havia quatro professoras concursadas. Eu não tinha professora especialista: teatro e dança. Dessas quatro, uma ficou.

Sempre foi assim?

Quando a escola foi criada o Malê indicou os funcionários terceirizados e a secretaria de Educação, as professoras que moravam perto.

Rosyvone Gomes está contando tempo para se aposentar. Foto: Paulo Oliveira

Mas não deu treinamento, não deu nada?

Quando você é concursado é exigido o curso de pedagogia e já tinha a lei 10.639. Mesmo assim, a maior parte das professoras não tinha comprometimento. Por isso, quando entrei eu decidi que mudaria tudo ou só aguentaria um ano no cargo.

Na verdade, quando a lei foi colocada em prática, a secretaria de Educação distribuiu textos e um caderno com orientações pra os professores e com conteúdo de matérias. No entanto, entre a teoria e a prática, a gente tem um grande desafio.

Como foi trabalhar em uma escola onde também funcionava um bloco afro?

A Escola Municipal Malé Debalê era desmontável. Ela era desmontada às sextas-feiras e remontada às segundas-feiras porque a sede tinha eventos todos os finais de semanas e as salas de aulas viravam camarins e camarotes. Era um tal de afasta armário, encosta carteira, bota pano. Às seis horas da manhã de segunda, muitas vezes, tínhamos que limpar as salas. Nestes dias, as aulas começavam mais tarde, por volta das oito horas. Isso causava evasão, então, ao ver que estávamos perdendo alunos, antecipei o horário em meia hora. Os problemas não paravam por aí: professoras avisavam que iam faltar 15 minutos antes do começo das aulas e nós éramos obrigados a liberar os estudantes.

O que foi feito para brecar a evasão?

Fiz uma análise e constatei que seria necessário conquistar a comunidade. Foi uma tarefa difícil porque a escola já tinha três anos de funcionamento quando entrei. Eu tinha que convencer os pais que era possível mudar. Foi complicado, um trabalho de formiguinha.

Como era o relacionamento da senhora com a direção do bloco?

Totalmente tranquilo. Nunca tive problema nenhum.

Quando houve a troca de professoras, a senhora indicou alguma?

A diretora não seleciona professores. Só o parceiro, no caso a diretoria do bloco, poderia indicar alguém que morasse perto, por exemplo. Por questões políticas, a direção da entidade também indicou os terceirizados que trabalham na administração e nos serviços gerais. Mais tarde, nós recebemos professoras de dança e de teatro. E foi uma delas que me causou muitos problemas, inclusive me fez desistir de me candidatar para continuar na direção.

Com assim?

Para ser diretora de escola você passa por um processo eleitoral. No eu caso, fui indicado pela primeira vez como pro-tempore, expressão em latim que significa temporariamente. Isso acontece quando é preciso substituir alguém emergencialmente. Minha primeira eleição foi em 2010. Votaram os alunos maiores de 12 anos, os pais e os professores, cujo voto tinha peso maior. Na primeira eleição, tive o voto maciço da comunidade, mas só venci com a diferença de meu próprio voto entre os professores porque quem não gostava de meus métodos me tinha como bruxa. Tinha professor que apresentava atestado médico de Feira de Santana e eu não aceitava isso.

E por que a senhora desistiu de participar da eleição seguinte?

Eu adquiri um transtorno de ansiedade muito grande, que abalou minha estrutura emocional. Isso porque a escola tinha recebido uma verba da secretaria municipal de Educação. Essa era uma verba carimbada, isto é, tinha uma destinação específica e eu a utilizei para comprar um ar-condicionado para uma sala de aula. Aí fizeram uma denúncia contra mim no Ministério Público. Eu assumi que tinha feito a compra. Aí passaram a me difamar. Disseram que eu protegia uma subordinada porque eu a deixava sair mais cedo para amamentar o filho que era prematuro, disseram que eu usava o dinheiro da escola para comprar roupas e trocar de carro. Eu abri mão de minha candidatura. Meu mandato terminou em 31 de dezembro de 2013. E fui substituída por uma nova diretora, que ficou só um ano. Todas as parcerias que eu tinha foram desfeitas.

E como reagiu a diretoria do Malê?

Os componentes ficaram chateados, mas eu estava esgotada emocionalmente.

Um dos ex-alunos da escola, Ruan Santos da Silva, 23 anos, disse que lhe adorava porque graças à senhora ele participou de várias apresentações de percussão diferentes locais de Salvador. O que ele quis dizer com isso?

Ruan, que era chamado carinhosamente de Pretinho, participou de atividades que eram realizadas por parceiros da escola, que eu tinha conseguido: PB Kids, a Nestlé e a Ford, por exemplo. Isso começou a dar mais visibilidade para a unidade Malê Debalê, que foi a única escola a participar do evento que marcou os 10 anos da Lei 10.639. Essa apresentação foi no Teatro Castro Alves e contou com a participação de pessoas importantes do movimento negro. Dessa vez, o tema de nossa apresentação foi “A origem do homem conforme o candomblé e os orixás”. Também fomos tema de vários trabalhos acadêmicos e reportagens. A gente fazia oficinas e desfiles, relacionados com identidade e negritude. E viramos referência.

A secretaria municipal de Educação reconheceu a escola como referência?

Eu nunca esperei nada da secretaria de Educação Tudo que eu fiz foi por amor a 402 crianças, quantitativo de matriculados na escola quando saí de lá. Então tudo que eu buscava, as parcerias que fiz, o dinheiro que eu tirava do meu bolso foi pelos alunos e alunas. Ouvir um depoimento como o de Pretinho é meu maior reconhecimento.

Por que a escola Malê Debalê fechou?

Não sei. A secretaria de Educação nunca me chamou para falar nada sobre isso, nem sobre a verba que usei para comprar o ar-condicionado. Eu fiquei muito triste, mas antes de sair sugeri para o Cláudio que o caminho mais correto era transformar a escola em um centro cultural. Não teria mais aulas, apenas oficinas e cursos de pós-graduação para professores do município.

Para onde a senhora foi quando saiu da escola de Itapuã?

Eu passei um ano afastada da rede com atestado médico. Fui trabalhar no Detran com João Carlos Bacelar. Quando retornei para a secretaria de Educação fui para o Centro Municipal de Educação Infantil (Cimei), na Avenida Bonocô. Depois fui para outra escola no bairro do Pau Miúdo. Hoje estou na Cardeal da Silva, no bairro do IAPI.

A senhora voltou alguma vez ao Malê Debalê?

Voltei em outubro passado para a festa do Caruru do Malêzinho Mas eu nunca perdi contato com o pessoal do bloco. Eu sempre falo com o presidente Cláudio Araújo; a Bárbara, vice-presidente, e a Delma, que foi minha auxiliar administrativa. As duas são filhas do falecido Peruano. Eu fui a única diretora que quebre o gelo com ele.

Qual a sua opinião sobre a implantação da lei que instituiu a obrigatoriedade do ensino de história da África e de cultura afro-brasileira nas escolas de todos os níveis do país?

A gente vive em um país que tudo tem que ter lei. A 10.639 está no papel, mas pra você colocá-la em prática é um longo caminho. Hoje, se você passar um ano todo em uma escola municipal, verá que muitas delas só vão comemorar a Consciência Negra na semana do dia 20 de novembro. Assim como, só lembrarão da questão indígena, cujo ensino também é obrigatório, no dia 19 de abril, enfeitando as crianças, pintando o rosto delas e botando um cocar. Eu tinha um projeto, o “Abril Vermelho”, que trabalhava estatísticas sobre indígenas, heróis, cultura, comida, Toré, o mês inteiro. Todos os nossos alunos participavam E todo ano era diferente. O mesmo ocorria com a questão africana, que era debatida e ensinada o ano todo. Os estudantes abriam um sorriso quando mostrávamos que há vários intelectuais, músicos, magistrados negros.

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Legenda da foto principal: Rosyvone Gomes, ex-diretora da escola que funcionava na sede do bloco afro. Foto: Paulo Oliveira

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PARTE I

 A escola Municipal Malê Debalê: auge e declínio  Adaptações feita para o bloco virar escola A primeira diretora da Escola Malê Josélio de Araújo: “Consegui transformar lixo em luxo” Editorial: Sem transparência, a verdade não aparece

PARTE II

Prefeito de Salvador não cumpre promessa feita ao MalêObra feita em período eleitoralGedalva, ex-diretora da Escola Malê e escritora'Hoje a gente não está dando conta nem de alfabetizar'

PARTE III

Saudades da escola

Jornalista, editor, professor e consultor, 61 anos. Suas reportagens ganharam prêmios de direitos humanos e de jornalismo investigativo.

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