Fora quebranto

Quebranto é um estado de prostração, fraqueza, abatimento, enfraquecimento. É uma suposta influência maléfica de feitiço, encantamento à distância, provocado pelo mau—olhado, segundo definição do Dicionário Houaiss.

Já antigos dicionários portugueses trata-se de prostração, languidez, fraqueza, debilidade, quebramento de corpo.

Este mal é conhecido em diversos países do mundo – mal de ojo, na Espanha; mal occhio, na Itália; evil eye para os ingleses; e mati, na Grécia, onde existe um olho de vidro azul que serve de amuleto contra a inveja e o quebranto.

Segundo a crença popular, as pessoas transmitem energias positivas e negativas. O quebranto nem sempre vem de pessoas invejosas. Este é o mal mais difícil de ser cortado.

Animais e plantas, que muitas vezes murcham, também sofrem com esta irradiação maléfica.

Os sintomas do quebranto são olhos lacrimejantes, moleza no corpo, tristeza, espirros repetidos, falta de apetite e bocejar constante. Para curá-lo é necessário rezar a pessoa atingida.

É aí que entra em cena dona Venerana Ferreira de Souza, rezadeira do povoado de Tapiacanga, em Mucugê (BA), que nos é apresentada pela médica e pesquisadora de cultura popular Helenita Monte de Hollanda.

“Dona Venerana é uma espécie de fada que orbita no reino encantado de Tapiacanga, o mais belo braço que se estende a partir da alegre Mucugê, na Chapada Diamantina. O seu falar cujo tom apelidei de caipira angelical é motivo de reverências para todos os que encontram cura nas rezas tiradas do seu breviário ensinado pelo próprio Deus dentro do seu coração”

A rezadeira baiana nos mostra agora como ela cura o quebranto.

Nasceu e cresceu numa típica família brasileira. Potiguar, morando na Bahia há vinte anos, é médica de formação e pesquisadora da cultura popular. Nos últimos 10 anos abandonou a sua especialidade em cardiologia e ultrassonografia vascular para atuar como médica da família na Bahia e no Rio Grande do Norte, onde passou a recolher histórias e saberes. Nessa jornada publicou cinco livros.”. No final de 2015 passou temporada no Amazonas recolhendo saberes indígenas.

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